segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

A criança e a matemática escolar

Quando pensamos no ensino de matemática que tivemos, não tem como não lembrar daquelas incansáveis "continhas de mais e de menos" que a professora passava no quadro e que preenchiam longas horas de sobe e desce de números, que na maioria das vezes nem sabíamos pra que serviam, de onde vinham e o quanto valiam. Uma educação matemática que se restringia às quatro operações e que não faziam sentido fora da escola.
Décadas se passaram e ainda hoje nos deparamos com práticas pedagógicas semelhantes a que tivemos. 
Partindo do pressuposto de que as séries iniciais do Ensino Fundamental são responsáveis por promover a aprendizagem matemática visando à aquisição significativa das idéias básicas pertinentes à disciplina,nos questionamos se a matemática ensinada nos dias de hoje deveria ser diferente. Por quê? Em quê? 
Voltamos nossos olhares para a matemática que vai além de seu aspecto científico, a matemática no seu aspecto social que ajuda o indivíduo a se ver no mundo, a compreender a realidade natural e social na qual está inserido e a se colocar de forma ativa nas relações sociais. Nesse sentido, a alfabetização matemática deve fazer significado na vida da criança, do ser, que  constrói suas bases matemáticas pela necessidade de resolver situações problemas de seu dia-a-dia, estes necessários à complexidade de situações vivenciadas nas práticas sociais e no contexto escolarizado.
 Muitos aprendem ainda hoje, uma matemática de maneira mecânica, apenas decorando sequências sem ter o conceito      
 A escola precisa ser um espaço onde o aluno possa transcrever livremente o seu pensamento matemático e o professor possa intervir de maneira significativa. Assim, a criança poderá perceber o cálculo como um conhecimento que pode ser representado de várias maneiras. Para aprender matemática, o aluno precisa se sentir seguro diante de sua representação, precisa descobrir o caminho de uma relação menos angustiante e mais alegre pela descoberta. 





quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


 
Refletindo sobre as Dificuldades nas Aprendizagens (DAs)
A escola vive, na contemporaneidade, cercada por desafios que se impõe com suas problemáticas difíceis de superação. As dificuldades na aprendizagem (Das) é uma das situações que mais tem incomodado o Ministério da Educação e os educadores. Vários aspectos se apresentam para a definição destas dificuldades. Porém nem sempre o educador está preparado para diagnosticar essas dificuldades.

A ineficiência das políticas públicas educativas propostas pelo MEC, bem como falta de qualificação  dos educadores constitui-se um dos principais desafios para a compreensão e superação da defasagem escolar. Estes fatores contribuem para gerar o preconceito dos professores sobre as crianças que por ora apresentam uma DA.

Nem sempre o problema se relaciona a um distúrbio neurológico, mas geralmente liga-se a influência socioeconômica e cultural que insere o educando. Saber reconhecer e lidar com estes casos requer muita habilidade e técnica por parte do professor mediador da aprendizagem. Em alguns casos as crianças são estereotipadas como “doentes”, atribuindo-lhes cuidados ao médico ou ao psicólogo. Em outros se observam que possuem lentidão na maturação no estágio que se insere, e como agravante ainda afirmam que nada podem fazer diante da realidade, tendo que esperar passivamente o progresso do aluno para um novo estágio.

Essas insinuações mostram bem claro que o educador não está apto a lidar com a situação da dificuldade da aprendizagem (DA). Cabe ressaltar que existem sim na clientela escolar crianças com distúrbios neurológicos, mas este percentual não pode ser generalizado, mas deve-se fazer a devida e profunda análise para identificá-los e se necessário encaminhar os casos aos parceiros especializados no caso de médicos e psicólogos.

Em outras circunstâncias as DAs, se identificadas precocemente podem ser trabalhadas, tratadas e superadas através da intervenção do professor mediador do conhecimento das crianças. Faz-se, nesse sentido necessário que o mesmo tenha em mente a importância da preparação, qualificação psicopedagógica para fazer os enfrentamentos necessários. O conjunto de técnicas e habilidades estudadas nesta área possibilitarão que o professor se instrumentalize para fortalecer o desenvolvimento do ensino-aprendizagem destas crianças com DAs, promovendo o seu sucesso escolar, possibilitando reverter o quadro alarmante do fracasso escolar.